Porto Velho – A deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) visitou na última sexta-feira (19) o projeto Reca que é uma cooperativa que une a recuperação da floresta Amazônica ao cultivo sustentável de frutos nativos. A deputada participou da 1ª Oficina de Governança da Ponta do Abunã, realizada pelo grupo do programa de Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca), localizado no distrito de Nova Califórnia, divisa entre Rondônia, Acre, Amazonas e Bolívia. Fica a 360 km de Porto Velho e a 150 km de Rio Branco, capital do Acre. Foi onde ela anunciou o investimento de R$ 155 mil, via emenda parlamentar para apoiar as iniciativas dos trabalhadores que fazem parte da cooperativa.
“Esse recurso é para compra de calcário, que é útil para quem produz alimentos. Estamos à disposição para contribuir mais, porque compreendemos a necessidade do setor produtivo. Pode contar com nosso mandato nessa caminhada de vocês que tem uma história linda e guerreira. Vocês quebraram barreiras”, disse ela para os integrantes do grupo Reca.
Sobre o RECA
A cooperativa teve início nos anos de 1980, quando o Governo Federal incentivou a produção agrícola em áreas florestais do Norte do país, doando terras para famílias do Sul e Sudeste. Inicialmente, essas famílias se dedicavam à pecuária e à agricultura tradicional, mas hoje estão comprometidas com a recuperação da Floresta Amazônica e o cultivo de frutos nativos.
Foi em 1989 que agricultores locais se uniram para criar o projeto Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca). Essa iniciativa capacitou os cooperados e introduziu o conceito de agroflorestas, um sistema de plantio sustentável que promove a recuperação vegetal e do solo.
Atualmente, a cooperativa reúne cerca de 300 famílias associadas em Rondônia, Acre e Amazonas, que compram insumos e comercializam as safras em conjunto. Uma característica notável desse projeto é a ênfase na agricultura orgânica, com 40% dos produtores possuindo a certificação orgânica. Eles cultivam mais de duas mil toneladas de mais de 10 tipos diferentes de frutos por ano. Além da venda de polpas congeladas, os cooperados também geram renda com a produção de doces, geleias e licores, mostrando que é possível conciliar desenvolvimento econômico com a conservação da Amazônia.
Por Assessoria